sábado, 21 de agosto de 2010

Incêndio do Chiado em 1988 (II)

 Há 22 anos, em  25 de Agosto de 1988, um violento incêndio destruiu uma grande parte de uma zona histórica de Lisboa.

"Fui o primeiro jornalista a entrar em directo do local neste noticiário, tendo até relatado a chegada dos Bombeiros Lisbonenses que, como se sabe, foram os que iniciaram o combate as chamas." 
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Fotos  publicadas na "Lisboa Revista Municipal" nº25 3ºTrimestre de 1988

Participações de serviço dos arquivos dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses:
25 de Agosto -Grande incêndio do Chiado. Conforme é mencionado no relatório nas diversas fases e nos vários dias de trabalho foi utilizado todo o material (14 viaturas) e 116 homens.

Foto do Diário de Notícias de 26 de Agosto de 1988

Zona histórica pombalina destruída pelo fogo 
25 de Agosto de 1988

 " Em poucas horas, um património histórico-cultural secular  e de valor único para a cidade e para o  país foi consumido pelas chamas. Desaparecia parte da zona nobre e elegante do Chiado, centro do comércio tradicional lisboeta que ali se desenvolveu depois do terramoto de 1755 e a que Eça de Queirós e Camilo, entre diversos escritores e figuras da vida cultural, deixaram para sempre o seu nome ligado.
Grandes armazéns  como o Grandela criado nos fins do século XIX, por Francisco Grandela, e o Chiado criado pela familia Nunes dos Santos em 1905, ficaram completamente destruídos. Outros estabelecimentos de grandes tradições foram igualmente atingidos: a «Casa José Alexandre», bem representativa do Chiado do século passado, «Casa Eduardo Martins», o «Jerónimo Martins», fundado em 1792, a «Pastelaria Ferrari», fundada em 1827  e ainda a «Casa Batalha», a mais anytiga do país, fundada em  no distante ano de 1635.
Completamente irrecuperáveis ficaram todos os arquivos históricos  da «Valentim de Carvalho», a mais antiga editora discográfica do país.
Combateram o incêndio todas as corporações de bombeiros da área de Lisboa que de forma exemplar souberam evitar, com abnegado  esforço e dedicação que a tragédia atingisse maiores dimensões."
Excerto de um texto publicado na" Lisboa Revista Municipal "Nº25 de 1988

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